Condenado pela trama golpista não é localizado pela Polícia Federal e passa a ser considerado foragido
O presidente do Instituto Voto Legal, Carlos César Moretzsohn Rocha, um dos dez alvos de prisão domiciliar cumpridas neste sábado (27) pela Polícia Federal (PF), não foi localizado pelos agentes e passou a ser considerado foragido.
A equipe da PF esteve no endereço dele, em São Paulo, mas Rocha não foi encontrado. Ele é réu do chamado “núcleo 4” da trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), relacionada a tentativas de questionar o resultado das eleições de 2022 e disseminar desinformação sobre as urnas eletrônicas.
A informação foi confirmada pela defesa do investigado. Em nota, os advogados Melillo Dinis do Nascimento e Gladys Nascimento afirmaram que foram informados pela Polícia Federal sobre o mandado de prisão domiciliar ainda pela manhã. Ao tentar contato, Rocha telefonou, disse que havia mudado de endereço, não informou o novo local e encerrou a ligação. O fato foi comunicado à PF.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o STF, Rocha produziu e divulgou um relatório técnico que serviu de base para ações que buscavam anular votos, integrando um esquema de ataque às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral.
Em outubro, a Primeira Turma do STF condenou Carlos Rocha a 7 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A defesa sustentou que o trabalho do Instituto Voto Legal teria caráter técnico e de auditoria, sem intenção política de deslegitimar o sistema eleitoral, e que o relatório não apontava fraude, apenas observações técnicas. Os argumentos, porém, não foram aceitos pela Corte.
A operação da Polícia Federal cumpriu ordens de prisão domiciliar em diversos estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e o Distrito Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Além de Rocha, a lista de alvos inclui ex-integrantes das Forças Armadas e ex-integrantes do governo federal, entre eles Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Denicoli, Bernardo Romão Corrêa Netto, Fabrício Moreira de Bastos, Filipe Martins, Giancarlo Rodrigues, Guilherme Marques Almeida, Marília Alencar e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes ocorreu um dia após a tentativa frustrada de fuga de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal.
Fonte: Jornal O Sul
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