Não sobrou ninguém para desligar a luz: desvio de R$ 56 milhões leva à prisão prefeito, vice e vereadores
O Ministério Público investiga o prefeito, a vice-prefeita e todos os 11 vereadores do município de Turilândia, no Maranhão, por organização criminosa e corrupção. A Justiça determinou a prisão dos envolvidos após a apuração de um esquema que teria desviado mais de R$ 56 milhões dos cofres públicos em menos de quatro anos.
Desde a última segunda-feira, o Grupo de Ação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio da Polícia Militar, prendeu 14 pessoas em Turilândia e em São Luís. Entre os presos estão seis vereadores, a atual vice-prefeita, Tânia Mendes, e um neurocirurgião acusado de atuar como agiota, emprestando dinheiro ao prefeito. Na residência do irmão do médico, os agentes encontraram mais de R$ 2 milhões em dinheiro.
Na quarta-feira (24), cinco investigados que estavam foragidos se apresentaram à polícia: o prefeito Paulo Curió (União Brasil), a primeira-dama Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaína Lima (PRD), o marido dela, Marlon Serrão, e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros.
De acordo com o Ministério Público, desde 2021 um posto de combustível pertencente à ex-vice-prefeita Janaína Lima e ao marido era utilizado para lavagem de dinheiro. A prefeitura pagava por abastecimentos que não ocorriam, e os valores retornavam diretamente ao prefeito.
A responsável pelos pregões eletrônicos do município, Clementina de Jesus Pinho, também presa, admitiu que cerca de 95% das licitações eram fraudadas, seguindo determinações do prefeito. Segundo o promotor de Justiça Fernando Berniz, ela relatou que praticava as fraudes em troca de “mimos” e vantagens indevidas.
Cinco vereadores seguem foragidos. A Justiça converteu a prisão preventiva dos outros seis parlamentares em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Mesmo investigado, o presidente da Câmara, José Luís Araújo (União Brasil), assumirá interinamente o comando do município, já que não foi afastado do cargo.
As defesas do prefeito Paulo Curió e da primeira-dama afirmaram que ambos estão à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos. A defesa da vice-prefeita Tânia Mendes não se manifestou, e não foi possível contato com os advogados dos demais citados.
Fonte: Observador Regional / G1
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