Chefe do Hamas em Gaza declara fim da guerra com Israel após acordo histórico internacional

Por Administrador

Publicado em 09/10/2025 17:14

O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Khalil Al-Hayya, anunciou nesta quinta-feira (9) o fim da guerra contra Israel, após a aprovação de um acordo de paz mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. Segundo o Hamas, o pacto prevê a implementação de um cessar-fogo permanente e inclui garantias internacionais para sua execução.

O anúncio ocorre menos de 24 horas depois da divulgação do plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O acordo inicia uma fase de transição para encerrar o conflito iniciado em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque contra Israel que resultou em mais de 1,2 mil mortes e centenas de sequestros. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades locais.

O governo israelense ainda analisa o texto final do acordo, mas um porta-voz afirmou que o cessar-fogo poderá entrar em vigor em até 24 horas após a ratificação oficial.

Reféns e negociações delicadas

O pacto prevê a devolução dos corpos de reféns mortos em poder do Hamas. Israel calcula que 48 pessoas sequestradas em 2023 ainda estejam em cativeiro, mas apenas 20 estariam vivas. Segundo a imprensa israelense, o Hamas teria pedido prazo extra para localizar corpos que ainda não foram encontrados.

Estados Unidos, Egito, Catar, Turquia, Israel e o próprio Hamas criaram uma força-tarefa internacional para localizar os desaparecidos. Os EUA informaram que o Hamas terá até 72 horas para entregar todos os reféns – vivos ou mortos. Em troca, Israel deverá libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.

Donald Trump declarou que todos os reféns vivos deverão estar em liberdade até a próxima segunda-feira (13) e afirmou que o acordo "abre caminho para um novo capítulo de estabilidade regional".

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O que diz o acordo

A proposta norte-americana contém 20 pontos principais. Entre os mais importantes, estão:

Transformação da Faixa de Gaza em zona livre de grupos armados;

Anistia para membros do Hamas que entregarem as armas;

Criação de um governo de transição civil em Gaza;

Transferência futura do controle político à Autoridade Palestina;

Programa internacional de reconstrução econômica;

Desmilitarização total do território e destruição de túneis e arsenais;