Grêmio e Juventude empatam na Arena
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Publicado em 21/11/2024

Campeonato  BRASILEIRO

 


Grêmio e Juventude empatam na Arena

Grêmio não teve uma boa atuação, diante de um Juventude ainda na luta. Torcedor gremista vaiou os comandados de Renato Portaluppi


Victor Caprioli de Freitas


Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

O jogo valia pela parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro. O Grêmio fez campanha junto à torcida para lotar a Arena, pois talvez entre os derradeiros confrontos restantes da competição, nenhum fosse tão emblemático quanto era este dessa noite. O Juventude, outro gaúcho e velho conhecido, também na batalha para não cair. No fim, mais de 40 mil pessoas compareceram ao estádio, superando a expectativa de 37 mil da Arena.

Mas o gremista que foi à Arena voltou a ver uma atuação pífia dos comandados de Renato Portaluppi. No decorrer do jogo, apesar da vantagem obtida logo nos primeiros minutos, o Tricolor gaúcho primeiro viu o Juventude encontrar espaço em meio a uma defesa mal postada, e, depois, atacava de forma desorganizada em busca dos gols, como quem só quer terminar a temporada como der para terminar e não ter, também, de lidar com a insatisfação da torcida que, mesmo não desistindo do alento, apenas quer poder se ocupar tão somente

 

Mas voltando. Tudo parecia que terminaria bem nesta noite. Para o Grêmio, diga-se, pois o Juventude enquanto gaúcho também é parte do relato. Aos 2 minutos, após o Ju se emocionar e se atirar ao ataque, o Tricolor obteve um contra-ataque. Diego Costa dominou e avançou, tendo apenas um zagueiro na marcação. Em seguida, rolou para Braithwaite que finalizou com boa perícia, no canto de Gabriel.

Mas, pouco a pouco, o Juventude foi ganhando confiança e passou a ocupar o campo gremista. Ainda que se fechasse, o time de Renato em nenhum momento tinha uma real segurança defensiva. Como em outros jogos da temporada, o gol adversário estava no ar. Aos 33, inclusive, o Juventude pediu pênalti em Taliari, mas Bruno Arleu de Araújo seguiu o VAR e não marcou.

O jogo tinha aquela cara de decisão, mesmo com as duas equipes em momentos ruins. Arleu distribuiu diversos amarelos. Houve também típicos lances de valorização de faltas, com jogadores deitados com mão no rosto. Diego Costa se estranhou com o bandeirinha no início da partida. Desestabilizar o adversário e o Juiz, ganhar tempo, valia tudo.

Mas, como dito, o gol Jaconero estava no ar. Aos 51, após o Grêmio perder Ely machucado, Ewerthon cobrou a falta na área e Mandaca fez, sozinho, de cabeça. Arleu encerrou o primeiro tempo e houve vaias e tensão na Arena.

Renato não trocou em um primeiro momento. Testou a reação do time, mas ela não foi boa. Caso raro em que o destino pune a prudência, talvez tenha sido o excesso. Aos 6, após bela tabela do Ju, Mandaca encontrou Lucas Barbosa solto em meio a defesa do Grêmio, e ele deu uma cavadinha na saída de Marchesín.

Aí sim Renato mexeu. Pôs Pavón e Monsalve nos lugares de Edenílson e Pepê. Vaias na Arena. Além disso, não houve para uma resposta do Grêmio após as substituições. Isso porque a situação piorou quando, aos 9, Reinaldo chegou atrasado e derrubou Jadson na linha da grande área. Arleu recebeu auxílio do VAR e marcou pênalti. Vaias na Arena.

Taliari foi para a bola. O roteiro de 2024 diria que o Ju sacramentaria a vitória, já que Marchesín praticamente não pega pênaltis. Mas isso não aconteceu. Ele voou no canto direito, embaixo, e evitou, por ora, um desfecho infeliz. Mas entremos no pensamento do torcedor gremista. Perdendo na Arena, pênalti contra, goleiro pega. Poderia ser aquelas noites de Imortal, de virada diante do improvável. Talvez.. talvez.. fosse isso. A não ser que estivesse todo mundo “P” da vida demais para um sentimento desses.

Pois bem, Renato mexeu de novo, aos 30. Colocou Soteldo e Arezo nos lugares Diego Costa e Geromel. Sem um zagueiro, o excesso de prudência do intervalo virou um impulso terminal no restante do jogo. E, mesmo em desordem, foram os momentos de maior desconforto do Juventude no jogo. O liso Soteldo ganhava todas pelo lado esquerdo. Aos 47, um chute de Monsalve explodiu no travessão.

Até que, aos 48, Cristaldo bateu uma falta ao lado da área rasteiro, mas na direção do gol. João Lucas pôs o pé e a bola entrou. Restariam poucos minutos para uma vitória, mas ela não veio. Teve vaias, xingamentos, alívio. Coesa só a sensação de que 2024 ainda não acabou.

 

Fonte. Agora RS 

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