A história de Gilberto Gil e os principais sucessos da sua carreira
Praticamente um patrimônio vivo brasileiro, a história de um dos maiores artistas da nossa história; confira
Lívia Nolla -
Gilberto Gil | Foto: Niclas Weber
Que privilégio é poder viver no mesmo tempo de Gilberto Gil.
Um dos maiores artistas da nossa história, o baiano de 82 anos é praticamente um patrimônio vivo brasileiro. Sua contribuição para a música e a cultura brasileira é histórica e imensurável.
Sua rica produção fonográfica, em plena atividade até os dias de hoje, soma – ao todo – mais de 70 álbuns e em torno de 4 milhões de cópias vendidas. Conhecido mundialmente, Gil já venceu oito Grammys, entre Estadunidenses (2) e Latinos (6), e já realizou turnês pelas Américas, Ásia, África e Oceania.
Versátil, o baiano bebe de várias fontes. Sua música tem influências de gêneros tradicionalmente brasileiros como o samba, o baião e o forró e também do rock, da música africana, do reggae, do funk, do jazz, entre outros.
Sua musicalidade, desde sempre, tomou formas rítmicas e melódicas muito pessoais e Gil sempre cantou sobre o regionalismo, as histórias e a realidade do nosso país e do povo brasileiro.
Difícil não encontrar um grande nome da música popular brasileira que não tenha gravado uma música de Gilberto Gil. Ele é uma referência tanto para os que começaram junto com ele, como para os que vieram depois e também para os que continuam a surgir no cenário nacional a cada dia.
Sua história se mistura com a história do nosso país.
E é essa história que nós vamos contar hoje, trazendo os maiores sucessos da carreira do cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical Gilberto Gil.
Da infância no interior da Bahia à Universidade de Administração
Nascido em Salvador, Gilberto Gil começou a estudar e tocar acordeom com nove anos de idade e, já nesta época, foi influenciado pela musicalidade do sertão e pelas procissões que passavam na frente da casa em que passou a infância, em Ituaçu, no interior da Bahia.
Escutava Luiz Gonzaga, Orlando Silva e Bob Nelson. Foi nesta época também que teve seu primeiro contato com o jazz.
Quando conheceu João Gilberto, a Bossa Nova e também as canções de Dorival Caymmi, trocou o acordeom pelo violão, instrumento que domina de forma primorosa. Mais pra frente, aderiu também à guitarra elétrica.
Antes de decidir seguir carreira definitivamente na música, Gil cursou administração de empresas na Universidade da Bahia e chegou a trabalhar na Gessy Lever, em São Paulo. Mas a música sempre falou mais alto. Já na faculdade organizava festivais e eventos musicais.
Do encontro musical com outros baianos ao primeiro álbum de Gilberto Gil
Foi na Universidade da Bahia que Gil conheceu Caetano Veloso, seu grande parceiro e amigo até os dias atuais. Foi nesta época também que conheceu as cantoras Gal Costa e Maria Bethânia.
Juntos, Gil, Caetano, Bethânia, Gal e Tom Zé fizeram – em 1964 – o show Nós, Por exemplo, para inaugurar o Teatro Vila Velha, de Salvador; com um repertório de canções da bossa nova, de Dorival Caymmi e de cada um dos compositores do elenco.
No mesmo ano, fizeram juntos mais um espetáculo: Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, que tinha a intenção de inserir o grupo baiano em um plano histórico que passava pelo passado musical da MPB, depois por alguma renovação da bossa nova, chegando em algo que seria a sua continuação, representada por eles mesmos que – já como um prenúncio – consideravam-se descendentes do movimento liderado por Tom Jobim, João Gilberto e Vinícius de Morais mas – ao mesmo tempo – precursores de um novo movimento que viria inovar a música brasileira de uma forma jamais vista.
Em 1965, estiveram mais uma vez juntos no espetáculo Arena canta Bahia, dirigido por Augusto Boal. Foi nesta mesma época que Gil gravou sua primeira fita demo. Anos depois, muitas das canções apresentadas nesta gravação foram resgatadas para compor o álbum Retirante, produzido em 2010, com músicas gravadas pelo baiano antes de alcançar o sucesso, entre os anos de 1962 e 1966.
Em 1966, Gilberto Gil começou a se destacar na televisão, principalmente por suas participações no programa O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. Neste mesmo ano, Gil foi contratado pela gravadora Philips para fazer seu primeiro LP e mudou-se para o Rio de Janeiro, abandonando de vez a carreira corporativa para dedicar-se inteiramente à música.
Neste mesmo ano, o baiano viajou para Recife e conhece a Banda de Pífanos de Caruaru e outras tradições locais, voltando com muitas influências da cultura popular regional.
Além disso, começou a beber muito de fontes estrangeiras e ficou deslumbrado quando conheceu o compacto com Strawberry Fields Forever, da banda inglesa The Beatles, da qual já era muito fã, mas que surgia – pela primeira vez – com uma musicalidade mais moderna e cheio de experimentalismo.
Em maio de 1967, Gilberto Gil lançou o seu primeiro álbum, Louvação. O álbum contém arranjos de Dori Caymmi, composições de Gil, Caetano Veloso, Capinam, Torquato Neto, Geraldo Vandré e a temática principal sobre a Bahia. Algumas das principais canções são a faixa-título, Ensaio Geral Procissão e Minha Senhora.
De líder da Tropicália ao exílio em Londres
Nesta época, Gil iniciou – junto com outros grandes nomes da música popular brasileira como Caetano Veloso, Gal Costa, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Tom Zé, e Os Mutantes – o Movimento Tropicalista: movimento de contracultura, que transcendia tudo o que já havia em termos de produção artística no Brasil. A Tropicália contemplava e internacionalizava a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e toda a arte brasileira.
O movimento surgiu sob a influência das correntes artísticas da vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira, como o rock e o concretismo, misturando manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais, para criar algo inovador, que interviesse na cena de indústria cultural e de cultura de massas da época. E que representasse uma mudança de parâmetros, que atendesse também aos anseios da juventude da época.
Ainda em 1967, durante o 3º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, Gil apresentou, acompanhado de Os Mutantes, Domingo no Parque – canção que é um verdadeiro retrato das influências tropicalistas e que faz parte do segundo álbum de estúdio do baiano. A música classificou-se em segundo lugar, tornando-se uma das mais importantes de sua carreira e um divisor de águas para a música brasileira.
É desta época também a canção Questão de Ordem que Gil apresentou no Festival Internacional da Canção de 1968, sob as vaias de um público nacionalista que não aceitava as novas estéticas, a inserção da guitarra elétrica e das influências estrangeiras na música popular brasileira. A partir desse momento, o Tropicalismo chegou ao seu auge e invadiu de vez a cena cultural brasileira
Domingo no Parque e Questão de Ordem fazem parte do segundo álbum de estúdio de Gilberto Gil, de 1968.
Neste mesmo ano, o artista lançou – ao lado de seus companheiros de movimento Tropicalista – o álbum Tropicália ou Panis Et Circense. Entre as canções, estão Batmakumba Geleia Real e a homônima Panis Et Circense (parceria com Caetano Veloso) Tropicália foi eleito o segundo melhor disco de música brasileira da história, pela Revista Rolling Stone.
Capa do álbum Tropicália ou Panis Et Circencis
É também de 1968, a música Divino Maravilhoso – composição de Gil e Caetano, defendida por Gal Costa no Festival da TV Record, em uma apresentação revolucionária, que soava como um grito de liberdade para a juventude da época. Caetano e Gil ainda apresentaram um programa com este mesmo nome, neste mesmo ano, na TV Tupi.
Em tempos duros de repressão – no auge da Ditadura Militar e com a recente instauração do Ato Institucional nº 5 – com o cerceamento das liberdades democráticas, de expressão e das criações libertárias, o movimento Tropicalista sofreu forte censura e perseguição. Caetano e Gil – já grandes ídolos de uma geração e líderes do movimento – são presos em novembro de 1968 e, depois, são obrigados a se exilar em Londres.
Os dois ainda fizeram um show de despedida no Teatro Castro Alves, em Salvador, que depois virou o álbum Barra 69, com canções como Madalena (Entra em beco sai em beco) e Aquele Abraço, que Gilberto Gil compôs quando estava na prisão, como um hino de despedida do Brasil.
Antes de partir pro exílio, Gil lançou seu terceiro álbum, que tem entre as faixas – além de Aquele Abraço – as canções Cérebro Eletrônico e Volks-Volkswagen Blue.
Durante o exílio em Londres o baiano bebeu mais da fonte estrangeira, ao entrar em contato ainda maior com The Beatles, Jimi Hendrix e o mundo pop que despontava na época. Tudo isso se refletiu em sua obra e, em 1971, Gil gravou um disco com músicas compostas em inglês, como Nêga (Photograph Blues) e algumas em parceria com Jorge Mautner, seu outro companheiro de exílio.
Durante o período do exílio, Gil e Caetano se apresentaram em vários países da Europa. Também nesta época, Gil teve contato com o reggae de Bob Marley e Jimmy Cliff – muito presentes em sua obra a partir daí – e com o jazz de Miles Davis.
Gilberto Gil de volta ao Brasil aos Doces Bárbaros
Em 1972, quando voltaram ao Brasil, Gilberto Gil lançou Expresso 2222, álbum muito significativo de sua carreira, com canções como Chiclete com Banana (Jackson do Pandeiro), Oriente Back in Bahia (canção em que fala sobre a saudade que sentia de sua terra nos tempos de exílio) e a homônima Expresso 2222 Esse foi eleito o 26º melhor disco de música brasileira da história, pela revista Rolling Stone Brasil.
Expresso 2222, inclusive, tornou-se o nome do agitado camarote de Gil no Carnaval de Salvador, desde 1999, onde também desfila com seu próprio trio elétrico, que tem o mesmo nome.
Em 1973, o baiano compôs – ao lado de Chico Buarque– a censurada Cálice, ainda em tempos de Ditadura Militar e também participou do álbum Ao Vivo gravado no festival Phono 73, interpretando – ao lado de Elis Regina – sua canção Ladeira da Preguiça
Em 1975, lançou – ao lado de Jorge Ben Jor – Gil & Jorge: Ogum, Xangô, considerado o 60º melhor disco de música brasileira da história, pela mesma lista da revista Rolling Stone. Entre as principais canções do álbum estão: Jurubeba, Filhos de Gandhi e Essa é pra Tocar no Rádio.
No mesmo ano, Gil também lançou o álbum Refazenda – que ocupa o 43º lugar na mesma lista – e cujo show rodou o país inteiro. Entre as principais canções do álbum: a faixa-título, Ela, Tenho Sede (parceria entre Dominguinhos e Anastácia) e Lamento Sertanejo(de Dominguinhos e Gil).
Em 1976, Gilberto Gil juntou-se a Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa para o espetáculo Doces Bárbaros, com 15 canções inéditas, compostas exclusivamente para a turnê, que virou documentário e um álbum considerado uma obra-prima da MPB. Entre as canções estão as clássicas Esotérico e O Seu Amor (composições de Gil) eSão João Xangô Menino (parceria entre Gil e Caetano).
Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gal costa e Gilberto Gil, os Doces Bárbaros | Foto: Reprodução
Das influências africanas ao início de Gilberto Gil na política
Em 1977, o artista viajou para a Nigéria para participar, ao lado de Caetano, do II Festival Mundial de Arte e Cultura Negra. Gil ficou um mês conhecendo a cultura do país e, a partir de então, passou a trabalhar a temática afro em suas canções.
O primeiro disco em que podemos observar essa influência é Refavela, desse mesmo ano, que também está entre os 100 melhores discos da história da MPB, ocupando o 54º lugar. São desse disco a canção-título, além de Ilê Ayê (composição de Paulinho Camafeu),Babá Alapalá e Aqui e Agora (só de Gil).
Ainda em 1977, lançou o disco Refestança, em parceria com Rita Lee, para celebrar seu retorno ao Brasil e o retorno de Rita aos palcos, após a cantora e compositora ser detida – grávida – injustamente, por porte de maconha. No repertório, além da canção-título, um clássico na voz de Gil: Eu Só Quero Um Xodó (de Dominguinhos e Anastácia).
Em 1978, Gil participou do Festival Internacional de Jazz de Montreux e morou por um tempo nos EUA, fazendo turnê pelo país. Em 1979, lançou o álbum Realce, que conta com a faixa Não Chores Mais – versão da famosa No Woman, No Cry, de Bob Marley – outro grande sucesso da carreira do baiano, que vendeu cerca de 750 mil cópias e se transformou numa espécie de hino da anistia no Brasil. Neste disco, também estão a homônima Realce, Marina(de Dorival Caymmi), Toda Menina Baianae Super-Homem.
Em 1981, temos o álbum Luar, A Gente Precisa Ver o Luar, que traz canção homônima e também os clássicos Se Eu Quiser Falar com Deus, Cores Vivas e Palco. Em 1982, o álbum Um Banda Um traz hinos comoDeixar Você, Andar com Fé e Drão, entre outros sucessos.
Em 1983, o álbum Extra conta com os sucessos da faixa-título e de Punk da Periferia; e, em 84, o disco Raça Humana traz a clássica Vamos Fugir (gravada na Jamaica, junto com o grupo que acompanhava Bob Marley: The Wailers), além de Tempo Rei e Índigo Blue.
Gil também compôs trilhas para diversos filmes e documentários durante sua carreira e participou da primeira edição do Rock in Rio, em 1985.
Em 1987, o artista tornou-se presidente da Fundação Gregório de Matos, voltada para revitalização da cultura afro-brasileira e, durante sua gestão, intensificou a relação entre Bahia e África e esteve por trás de um projeto de recuperação do centro histórico de Salvador.
Gil também foi Vereador em Salvador, entre 1989 a 1992.
Em 1992, lançou Parabolicamará e – em 1993, junto com Caetano Veloso – comemorou 26 anos de Tropicalismo e 30 anos de amizade, com o disco Tropicália 2. Neste disco, estão parcerias de sucesso dos dois artistas comoHaiti e Cinema Novo.
Em 1994, temos o Acústico MTV, com diversos sucessos de Gil como: A Paz(parceria com João Donato), A Novidadee Sítio do Pica-pau Amarelo(tema de abertura da série homônima).
O álbum Quanta, de 1997, traz clássicos como a linda canção Estrela, Pela Internet e a homônima Quanta. Já em 1998, com o disco Quanta Gente Veio Ver – que ganhou Grammy Award, temos vários clássicos do artista, além de duas gravações de canções famosas de Bob Marley: Is This Love e Stir It Up.
Gilberto Gil durante a sua atuação como Ministro da Cultura | Foto: Reprodução
De Artista da Paz e Embaixador da ONU ao Ministério da Cultura
Em 1999, Gilberto Gil foi nomeado “Artista da Paz” pela UNESCO.
No ano 2000, o artista lançou um disco ao lado de Milton Nascimento; em 2001, um álbum especial para as festas de São João, que ganhou o Grammy Latino; e, em 2002, o álbum Kaya N’Gan Daya gravado na Jamaica e com canções de Bob Marley, como Eleve-se Alto ao Céu e Three Little Birds.
Neste mesmo ano, desenvolveu a trilha sonora do filme Eu, Tu, Eles – dirigido por Andrucha Waddington e com roteiro de Elena Soarez – que conta com os sucessos Esperando na Janela (de Targino Gondim, Manuca Almeida e Raimundinho do Acordeon) e Qui Nem Jiló (de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).
Em 2001, Gil foi nomeado Embaixador da ONU para Agricultura e Alimentação. O baiano também foi Ministro da Cultura entre os anos de 2003 e 2008, circulando pelo universo sócio político, ambiental e cultural internacional.
Em 2008, Gil tornou-se o primeiro artista brasileiro a ter um canal exclusivo no YouTube e lançou – na internet – o álbum Banda Larga Cordel, que traz a icônica canção Não Tenho Medo da Morte: “Não tenho medo da morte / Mas sim medo de morrer / Qual seria a diferença / Você há de perguntar / É que a morte já é depois / Que eu deixar de respirar / Morrer ainda é aqui / Na vida, no Sol, no ar / Ainda pode haver dor / Ou vontade de mijar”.
Sempre muito ligado à cultura regional, lançou ainda mais dois álbuns em homenagem às festas dos santos populares, intitulados Fé na Festa, em 2010.
Em 2012, gravou – ao lado de Ivete Sangalo e Caetano Veloso – o especial Ivete, Gil e Caetano, que virou um disco com canções dos três artistas e ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.
Em 2015, Gilberto Gil saiu – ao lado de Caetano Veloso – em turnê pelo Brasil e pelo mundo – com o espetáculo Dois Amigos, Um Século de Música, celebrando os 50 anos de carreira de cada um.
Em 2016, foi a vez de rodar ao lado de Nando Reis e Gal Costa, com o espetáculo Trinca de Ases, que virou álbum homônimo.
Em 2018, Gil lançou o álbum OK OK OK, com músicas inéditas como a faixa-título, Na Real, Sol de Maria(em homenagem à primeira bisneta),Sereno (em homenagem ao neto) e Prece, vencendo – mais uma vez – o Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB.
Em 2021, o baiano lançou o álbum São João em Araras ao Vivo, a partir de uma live apresentada em 2020, durante a Pandemia do Coronavírus, com a participação de diversos membros de sua talentosa família.
Ao final do mesmo ano, fez uma turnê na Europa, chamada Gilberto Gil In Concert, realizando 19 shows em 08 países.
Gilberto Gil em posse na Academia Brasileira de Letras | Foto: Divulgação
Gil Imortal, mesmo quando se despede dos palcos
Em seguida – aos 79 anos – Gilberto Gil foi eleito Imortal da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira número 20 em cerimônia realizada em abril de 2022.
Em junho do mesmo ano, tornou-se o primeiro artista brasileiro a ser contemplado na plataforma Google Arts & Culture, acervo digital de sua vida e obra.
Em seguida, partiu para uma turnê na Europa, intitulada Nós a Gente, mais uma vez acompanhado de sua família ao palco. Grande parte dessa tour europeia foi registrada pelas lentes da Conspiração Filmes, para a segunda temporada da série da família: Viajando com os Gil, lançada em julho de 2023.
Na primeira temporada da série, Em Casa com os Gil (junho/22), filmada em sua casa na serra em Araras/Petrópolis, a família trocava ideias sobre a turnê, (cidades, repertório, banda, etc…).
Além dos filhos Bem e José e dos netos João e Flor, que já estavam nos palcos nos shows In Concert, somaram-se as filhas Nara – que canta com o pai há muitos anos – e Preta, além da nora Mariá Pinkusfeld e dos netos Francisco, Pedro, Gabriel, Lucas e Bento. Eram 26 integrantes da família Gil viajando juntos: quem não estava no palco com ele, estava nos bastidores.
Gilberto Gil e sua família | Foto: Divulgação Em Casa com os Gil
A partir do sucesso da temporada europeia, em 2023 a turnê Nós a Gente começou a circular também no Brasil, com os muitos sucessos acumulados ao longo dos quase 60 anos de carreira de Gilberto Gil.
Em outubro de 2023, o artista foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa, em Portugal.
E em 2024, o baiano anunciou sua aposentadoria dos palcos com Tempo Rei – A última Turnê de Gilberto Gil, que tem início em março de 2025 e passará por nove cidades do Brasil e também contará com datas nos Estados Unidos e na Europa.
“Foram vários os elementos que ponderei para chegar na decisão da realização de uma última turnê. Houve reflexão sobre este mercado e também sobre a exigência física necessária para esses grandes shows. Quero continuar fazendo música em outro ritmo, mas, antes, teremos essa celebração bonita junto do público e da família. Transformai as velhas formas do viver”, afirma Gilberto Gil.
Viva, Gil!
Fonte
Nova Brasil