“Carijada” resgata a produção artesanal de erva-mate
Produção é organizada pelo IFFar Santo Ângelo e UFFS Cerro Largo na 11ª FEAAGRI Missões.
Processo deve durar em torno de 18 horas
Em preparação ao 1º Seminário Internacional de Erva-Mate e Derivados, evento que será
realizado nesta sexta-feira, 6, na 11ª FEAAGRI Missões, no Parque de Exposições Siegfried
Ritter, o Instituto Federal Farroupilha Campus Santo Ângelo (IFFar) e a Universidade Federal
Fronteira Sul (UFFS) Campus Cerro Largo, iniciaram na manhã desta quinta-feira, 5, a
“carijada”, um processo de produção artesanal de erva-mate.
A “carijada” foi aberta na presença do presidente da feira, Diomar Formenton; da embaixadora
da 11ª FEAAGRI Missões, Ariadne Zanetti; do técnico agrícola do IFFar, Ivan Preuss, e da
professora Bedati Finokiet, da UFFS; e deve ter seu processo de produção concluído amanhã,
sexta-feira, por volta das 16 horas, para a degustação dos participantes do Seminário
Internacional de Erva-Mate e Derivados.
UFFS
Produzir a própria erva para o chimarrão, com sabor original e participação em todo processo,
aprendendo sobre a cultura indígena, é uma prática lançada pela professora Bedati Finokiet na
UFFS Campus Cerro Largo. Ela já organizou quatro edições da “carijada” na UFFS, envolvendo
os estudantes da universidade no processo de produção da erva-mate.
Segundo a professora, a erva para a carijada é oriunda de produção própria do IFFar. “A
carijada em parceria com a universidade, completa dez anos em 2024. E a décima edição será
realizada nos dias 17 e 18 deste mês, com a participação de indígenas da Tekoa Pyau, aldeia da
Ressaca da Buriti”, informou Bedati.
Durante a fabricação da Ilex paraguariensis, os visitantes da feira poderão acompanhar e
participar dos cinco processos de produção:
1 – Sapeco: momento em que se passam os galhos de erva-mate pelo fogo para desidratação.
2 – Montagem dos feixes: galhos da planta são quebrados e amarrados em feixes para serem
levados ao carijo.
3 – Carijo: local com fogo onde a erva-mate é secada por até 18 horas.
4 – Cancheamento: processo de quebra dos galhos da erva-mate.
5 – Pilagem: A erva, já seca pela ação do fogo, é socada em pilões.
Texto: Tarso Weber | Fotos: Fernando Gomes