OUÇA A RÁDIO WEB CADEIRA CATIVA BAIXANDO APP NO SITE: WWW.RADIOWEBCADEIRACATIVA.COM.BR. Siga nos na nossa PÁGINA DA RADIOWEBCADEIRACATIVA DO FACEBOOCK. TBEM NO INSTAGRAN DO CADEIRA CATIVA
SINAL DE ALERTA
Estado recomenda atualização da vacinação contra tétano
Apenas no primeiro semestre de 2024, o Rio Grande do Sul já atingiu o mesmo número de casos registrados ao longo de 2023
Victor Caprioli de Freitas
Reforço deve ocorrer a cada dez anos - Foto: Itamar Aguiar/Ascom SES
A SES (Secretaria Estadual da Saúde) recomenda manter a vacinação antitetânica em dia, especialmente no caso dos idosos. Apenas no primeiro semestre de 2024, o Rio Grande do Sul já atingiu o mesmo número de casos registrados ao longo de 2023.
No Estado, até o fim de junho deste ano, houve confirmação de 14 casos de tétano acidental – cujas causas são cortes e perfurações, por exemplo –, que resultaram em três mortes. Em 2023, também foram 14 ocorrências, mas no ano inteiro, sendo que cinco delas levaram a óbito.
Eliese Denardi Cesar, que é chefe da Seção de Imunizações da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde) diz que é muito importante assegurar que todos estejam com a vacinação antitetânica atualizada. “O reforço deve ser feito a cada dez anos. Principalmente se a pessoa tem mais de 60 anos, não deve esquecer de manter as doses em dia. O tétano é uma doença grave e pode matar”, afirma.
O tétano
A doença é causada por uma bactéria (clostridium tetani), que pode estar presente em fezes, pele, terra, galhos, arbustos, água suja e poeira. Ela acomete indivíduos de ambos os sexos e independentemente da idade.
Além disso, o risco de morte é maior entre os idosos, o que reforça a necessidade de melhorar a cobertura vacinal nesse grupo populacional. A faixa etária acima de 50 anos apresenta maior número de casos e óbitos, seguida de pessoas de 65 a 79 anos, mas a letalidade chega a 61,1% nos maiores de 80 anos de idade.
A infecção acontece pela contaminação de ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza por esporos da bactéria. Não há transmissão direta de um indivíduo para outro. A principal medida de prevenção é a vacinação, e as doses estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde.
Quem deve se vacinar
O calendário vacinal de rotina das crianças, preconizado pelo Ministério da Saúde, contempla a aplicação de três doses com a vacina pentavalente, administrada aos dois, quatro e seis meses de idade.
Deve haver um reforço aos 15 meses de idade, e um segundo reforço aos quatro anos. A partir dessa idade é preconizado um reforço a cada dez anos, após a última dose administrada.
As gestantes também devem se vacinar em todas as gestações. Os filhos de mães imunes apresentam imunidade passiva e transitória até 2 meses de vida.
Tratamento
Em situações de ferimentos com risco de tétano, considerando a gravidade e o esquema vacinal já realizado, pode-se prescrever soro antitetânico e imunoglobulina humana antitetânica. A imunidade conferida pelo soro antitetânico dura cerca de duas semanas, enquanto a conferida pela imunoglobulina humana antitetânica dura cerca de três semanas. A ocorrência da doença não confere imunidade.