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La Niña pode chegar entre junho e agosto e trazer inverno mais quente
Há 49% de chance de o fenômeno ocorrer já a partir do próximo mês de julho, segundo NOAA.
La Niña pode chegar entre junho e agosto e trazer inverno mais quente
Luís Felipe Granado
26/05/2024 07:23
Foto: Nathan Vieira
La Niña provoca esfriamento da temperatura do oceano.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), há uma probabilidade de 49% do fenômeno climático La Niña ocorrer entre junho e agosto deste ano, com 69% de chance de se estabelecer de julho a setembro. Desde o fim de abril, com o término do El Niño , o Brasil está em um período de "neutralidade climática".
Com a possível chegada de La Niña, os meteorologistas preveem um inverno mais quente do que o normal, embora haja alguns períodos de frio. As temperaturas devem ficar acima da média, com possíveis ondas de calor previstas para agosto e setembro. Espera-se mais dias frios do que no ano anterior, embora os períodos de calor predominem e sejam mais longos.
O que é La Niña?
O fenômeno La Niña é caracterizado pela redução da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. Apesar de ser oposto ao El Niño, também resulta em mudanças nos padrões de precipitação e temperatura em todo o mundo.
No Brasil, anos de La Niña geralmente trazem temperaturas mais baixas e chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste. Por outro lado, as regiões Centro-Oeste e Sul costumam registrar chuvas abaixo da média.
Inverno de 2024: menos chuvas e condições de seca
Com o fim do outono, a frequência de bloqueios atmosféricos, que impedem o avanço de frentes frias, deve diminuir. No entanto, espera-se que a "redoma de calor" persista na área central do país, no Sudeste e no Centro-Oeste durante o inverno. Isso resultará em menos chuvas e condições de seca devido às altas temperaturas e à ausência de umidade no ar.
O resfriamento dos oceanos durante La Niña é uma das causas para os baixos índices de chuva no Centro-Sul do Brasil. Além disso, o fenômeno aumenta o risco de estiagem no Sul do Brasil, Argentina e Uruguai durante o verão, assim como o risco de geada tardia.
Caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, La Niña reduz a ocorrência de ondas de calor, mas provoca chuvas acima da média no Norte e Nordeste do Brasil. Há também a possibilidade de atraso na chuva da primavera no Centro-Oeste do país devido a esse fenômeno climático.
FONTE IG